A Guerra entre a Rússia e a Ucrânia têm gerado inúmeros prejuízos e reflexos negativos em todos os países do globo, para Portugal isso não seria diferente. Os principais pontos afetados são a economia e a imigração.

Na parte imigratória, muito se fala sobre uma grande massa de refugiados ucranianos se deslocando para Portugal, no entanto, na prática, o país mais afetado nesse sentido é a Polônia, que diariamente recebe inúmeros refugiados, tendo já ultrapassado a marca de um milhão e meio.

Em Portugal mais de 25 mil refugiados já estão alojados, algo que, para um país tão pequeno, pode sim significar um prejuízo para o sistema imigratório e os reflexos disso já são observados nos setores como SEF, que busca dar prioridade para os ucranianos o que, por óbvio, é a coisa certa a se fazer, mas que leva à indisposição de vagas para o restante da população que está em Portugal de modo ilegal ou irregular por falta de vagas para atendimento.

Não somente o SEF, mas todos os órgãos relacionados a emissão de documentos como as finanças, o IMT e a segurança social, também acabam por receber muito mais demanda de seus serviços, levando ao atraso na emissão de documentos.

No entanto, apesar desses reflexos negativos, o que se vê é um sistema muito bem organizado, que, em breve, poderá estar controlado, não gerando prejuízos nem para os refugiados, que precisam de imediata atenção, nem para os imigrantes de outras nacionalidades que já se encontram no país.

Quanto a economia, o mundo inteiro tem sofrido quedas em sua economia e aumento de preços, considerando que a Rússia era o terceiro país quem mais exporta petróleo, o terceiro em gás natural e o quarto em energia elétrica.

Para Portugal, isso correspondente a uma queda de 40% de oferta desses produtos, gerando um aumento expressivo nos preços da gasolina, gasóleo e gás natural, o que também faz subir o custo de todos os produtos de consumo, já que são os combustíveis que movem os caminhões que recolhem os alimentos e produtos e levam para os mercados e vendas, bem como rações para animais e agrotóxicos para as lavouras. No que se refere a energia, o aumento também é significativo, considerando que também havia exportação desse bem de consumo.

Quanto a Ucrânia, o problema está no setor alimentício, pois Portugal importava cerca de 40% do milho, 50% do óleo de girassol e 18% do trigo consumido pelo país, gerando um aumento nesses produtos e seus derivados.

Além da importação, também tem a questão da exportação, pois Portugal também fazia exportação milionária de cortiça, vinho, ovos, vestimenta, mobiliário, papel, café etc., entre os dois países.

Em um parâmetro geral há consequências que atrapalham o crescimento e desenvolvimento do país, mas, por ora, nada que comprometa significativamente.