O Visto D2 destinado para quem deseja exercer atividade empresarial em Portugal possui uma série de requisitos específicos, sendo um deles a existência de um Plano de Negócios para o empreendimento.

O Plano de Negócios será encaminhado junto ao requerimento de visto e possui o objetivo central de apresentar a ideia empresarial às autoridades portuguesas, demonstrando os principais aspectos do empreendimento e sua viabilidade de execução. 

Se você está de olho no Visto D2 para constituir uma empresa em Portugal, continue lendo este artigo, pois aqui apresentaremos as principais informações que você precisa saber sobre esse tal Plano de Negócios.

Antes de tudo, qual a sua ideia empreendedora?

Você tem um desejo forte de trabalhar na sua própria empresa em Portugal e já sabe que o Visto D2 é o instrumento mais adequado para conquistar legalmente esse objetivo, mas qual a sua ideia empreendedora? 

Essa pergunta deve ser respondida com precisão, uma vez que você não conseguirá ter um bom Plano de Negócios se não souber explicar adequadamente seu projeto.

O Plano de Negócios é um documento complexo que revela a identidade da empresa. No entanto, antes dele nascer, é comum os empreendedores começarem com um Modelo de Negócios, que nada mais é que um resumo geral dos pontos basilares da empresa. 

O Modelo de Negócios precisa ser simples e claro, fornecendo uma visão geral da sua ideia empreendedora. Caso tenha ficado interessado e queira rascunhar o seu, você pode experimentar o tradicional modelo Canvas. 

O Plano de Negócios

O Plano de Negócios é um documento complexo que defende a ideia empreendedora, dissertando sobre sua razão de existir, seus sustentáculos e seu impacto no mercado. Além disso, esse documento é um verdadeiro guia para a atividade empresarial, permitindo traçar o melhor caminho rumo ao sucesso perene, otimizando seus recursos e prevendo os riscos.

Como comentado anteriormente, no contexto do requerimento do Visto D2, o Plano de Negócios possui um papel fundamental para apresentar seu negócio às autoridades competentes que analisarão seu pedido de visto. Nesse sentido, ele deve ser bem elaborado para persuadir que seu negócio será viável no cenário português. 

Nessa conjuntura migratória, é importante ressaltar que vale a pena o Plano de Negócios apresentar elementos fundamentados de que a empresa será relevante para o país, gerando contributos sociais e econômicos.

Estrutura do Plano de Negócios

Há excelentes Planos de Negócios em formatos diferentes, porém recomendamos a estrutura apresentada pela Agência para a Competitividade e Inovação de Portugal (IAPMEI).

De forma resumida, o Plano de Negócios se estrutura da seguinte forma conforme orientado pela IAPMEI:

1. Sumário executivo: resumo claro e atrativo do que será detalhado nos próximos capítulos. Deve ser apresentada brevemente a empresa com apontamentos sobre sua missão, esfera do negócio, mercado potencial, recursos, pontos fortes e fracos, dentre outros aspectos delineadores do negócio. 

 2. O histórico da Companhia e/ou dos promotores: neste capítulo deve ser abordado como a ideia empresarial nasceu, sua identificação completa, quem são seus idealizadores e qual seu histórico de atuação. Além disso, aqui também é apresentada a missão e quais são os valores da empresa.

3. O mercado subjacente: apresentação do mercado da empresa, expondo sobre seu nível de desenvolvimento, seus clientes potenciais e principais concorrentes. Neste capítulo, é importante apresentar dados e o diagnóstico de eventuais pesquisas e estudos realizados, destacando projeções e desafios. 

4. A nova ideia e o seu posicionamento no mercado: aqui é preciso retomar brevemente a atividade empresarial e seu mercado para contextualizar a demonstração de que o empreendimento é economicamente sustentável e que seus representantes possuem as habilidades suficientes de gestão. 

5. O Projeto/Produto/Ideia: neste capítulo será descrito o produto ou o serviço da empresa, especificando a motivação, a proposta de valor, os objetivos, os pontos críticos e o desenvolvimento do projeto empresarial. Além disso, aqui é o local para contemplar temas relacionados a patentes ou licenças, se for o caso. 

6. Estratégia Comercial: este é o espaço para tratar todas as estratégias de marketing da empresa, indicando seu posicionamento de imagem e de comunicação e como será desenvolvida sua lógica de vendas e de tratativas com clientes. 

7. Gestão e controlo do negócio: neste ponto ocorrre a discriminação de como as operações serão constroladas, indicando responsáveis e departamentos competentes, se for o caso. A título exemplificativo, aqui é exposto sobre o controle da contabilidade, da informação, do pessoal, dos processos do produto ou do serviço.  

8. Investimento necessário: apresentação do tipo de investimento que será realizado, detalhando as condições do capital próprio ou de terceiros. Importante deixar bem compreensível as estruturas de financiamento, se for o caso. 

9. Projeções Financeiras/Modelo Financeiro: aqui será crucial para os investidores e para as autoridades portuguesas no processo de visto concluírem pela rentabilidade ou não do negócio. Devem ser abordadas as projeções de vendas, de Cash-flow (entrada e saída de dinheiro) e de rentabilidade, demonstrando as provisões de fundo financeiro.

Além disso, é importante inserir os anexos pertinentes sobre cada capítulo, quando for o caso, e vale a pena também mencionar as referências utilizadas na construção do Plano de Negócios.

Mão na massa

Você já deve ter notado que a elaboração de um Plano de Negócios não é uma missão fácil, pois será necessário conhecimento em várias áreas, pesquisa e criatividade. Além disso, como falamos lá no início, esse documento ganha ainda mais importância dentro de um processo de requerimento de visto D2 e, por isso, merece muita atenção.

Portanto, se você for pedir o Visto D2 para trabalhar em seu empreendimento próprio em Portugal e não está seguro para fazer seu Plano de Negócios, entre em contato com nossa equipe especializada para te ajudar nesse propósito.